Maze Runner: Prova de Fogo, de James Dashner

Sinopse: O Labirinto foi só o começo… o pior está por vir. Depois de superarem os perigos mortais do Labirinto, Thomas e seus amigos acreditam que estão a salvo em uma nova realidade. Mas a aparente tranquilidade é interrompida quando são acordados no meio da noite por gritos lancinantes de criaturas disformes – os Cranks – que ameaçam devorá-los vivos. Atordoados, os Clareanos descobrem que a salvação aparente na verdade pode ser outra armadilha, ainda pior que a Clareira e o Labirinto. E que as coisas não são o que aparentam. Para sobreviver nesse mundo hostil, eles terão de fazer uma travessia repleta de provas cruéis em um meio ambiente devastado, sem água, comida ou abrigo. Calor causticante durante o dia, rajadas de vento gélido à noite, desolação e um ar irrespirável – no Deserto do novo mundo até mesmo a chuva é a promessa de uma morte agonizante. Eles, porém, não estão sozinhos – cada passo é espreitado por criaturas famintas e violentas, que atacam sem avisar. Manipulação, mentiras e traições cercam o caminho dos Clareanos, mas para Thomas a pior prova será ter de escolher em quem acreditar.

O livro Maze Runner: Correr ou Morrer foi um dos meus favoritos de 2018, nunca tinha lido um livro de distopia tão eletrizante, que não parava um minuto sequer. Embarquei na leitura da segunda estória dessa trilogia com uma expectativa alta, esperando ter a mesma qualidade ou até melhor, e, felizmente, eu não me decepcionei. 

Prova de Fogo é definitivamente um dos melhores segundos livros de trilogias que já li. Não é desnecessário e o leitor não se sente enrolado pelo autor que só quer encher linguiça para vender mais, mas não vamos citar casos aqui. É uma história completamente nova, que explora novos cenários e novos personagens, respondendo perguntas que foram deixadas em aberto no primeiro livro e deixando outras que, provavelmente, serão trabalhadas na continuação da trilogia, A Cura Mortal. 

Tal como o primeiro livro, a narrativa não para. O autor faz o leitor parar de respirar a cada novo evento do enredo. Nós acompanhamos a jornada dos Clareanos com todos os detalhes, sentindo as emoções e curiosidade perante ao desconhecido, assim como eles também sentem. Além disso, é possível se conectar ainda mais com a estória pelos detalhes, suficientes, que o autor traz dos cenários em que as aventuras dos personagens se passam, visto que, como prometido na premissa da obra, o mundo não está da mesma forma.

Os personagens que já conhecemos são melhores trabalhados, Thomas vive uma confusão de emoções ainda maior nesse livro. Minho e Newt também tem destaque no livro, tornando os personagens ainda mais queridos para os leitores. Também somos apresentados a Brenda, personagem que me conquistou desde o início pela sua força e inteligência, mas confesso que fiquei muito intrigada com a cena final dela. E ahh, Teresa com toda certeza é a maior surpresa do filme, hora causa ódio, hora pena, hora nem sabemos direito o que sentimos por ela, tão enigmática como o próprio CRUEL. 

E falando em CRUEL, dá para ver que o autor soube construir muito bem o enredo da trilogia, apesar de eu ainda não ter lido a conclusão, é visível que não há pontas soltas, tudo é muito bem amarrado e encaixado, até mesmos pistas que temos no início da estória e nem sabíamos que era uma pista. 

Maze Runner é uma trilogia recomendada para todos os fãs de distopia, ou para aqueles que amam um livro eletrizante e de tirar o fôlego. E tal como a primeira obra, Prova de Fogo não peca em nenhum desses quesitos, muito pelo contrário, ele dá aulas!